PASTORAL FAMILIAR

FAMÍLIAS EVANGELIZANDO FAMÍLIAS

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Programação para a Semana Nacional da Família 2012

Hoje (23/07/2012) a Pastoral Familiar se reuniu com o COMIPA, com coordenadores de grupos de oração, representantes da Pastoral da Educação com a finalidade de concluir a programação para a Semana Nacional da Família 2012.

A Paróquia N. Sra. da Conceição estará realizando entre os dias 12 a 18 de Agosto a Semana Nacional da Família, que neste ano tem como tema “A Família, o trabalho e a festa”. O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: Condicionam suas escolhas, influenciam o relacionamento entre os cônjuges e entre pais e filhos, incidem sobre a relação da família com a sociedade em geral e com a Igreja. A Bíblia (Gênesis 1-2) nos diz que a família e o trabalho constituem dádivas e bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma existência plenamente humana.

POR QUE UMA SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA (SNF)?
A Semana Nacional da Família (SNF) é hoje uma realidade em todo o Brasil. Teve início em 1993, sob o incentivo e coordenação do Setor família e Vida da CNBB, hoje Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família - CNBB. Numa escuta às bases constatou-se um grande descontentamento, inquietação e desejo de se fazer alguma coisa em defesa e promoção da família, cujos valores têm sido agredidos sistematicamente por alguns setores da conjuntura internacional, principalmente dos Meios de Comunicação Social.

Escolheu-se, para isso, a Semana seguinte ao Dia dos Pais, no mês de Agosto, por ser o mês vocacional. A família não é apenas a mais antiga instituição humana, mas é a mais preciosa que existe para cada ser humano que a possui. É a maior perda para aqueles que dela ficaram privados.

É para defender esse tesouro da humanidade que surgiu e ganha corpo a cada ano a Semana Nacional da Família (SNF).

O objetivo da Igreja, com essa prática, é mobilizar toda a sociedade brasileira, e de modo particular todo o mundo católico, no sentido de refletir, redescobrir e promover os verdadeiros valores humanos e cristãos da família, como o amor, a amizade, a partilha, a solidariedade, a justiça e a comunhão entre os homens.

Já se consolidando como tradição nas ações da Igreja, a Semana Nacional da Família acontece oficialmente na semana que segue ao “Dia dos Pais”, comemorado no segundo domingo de agosto.

Confira abaixo como ficou a programação da semana na Paróquia N. Sra. da Conceição:

Obs: Como gesto concreto, formaremos cestas básicas para serem distribuídas às famílias mais carentes de nossa paróquia.

A Semana Nacional da Família existe porque você e sua família merecem mais do que a sociedade baseada no consumismo lhe oferecem...
Você e sua família merecem as maravilhas de Deus neste mundo e na eternidade.

Participe! Colabore!

Tenha consigo toda a alegria de servir ao Reino de Deus, lutando e defendendo a família em todos os seus aspectos e necessidades.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Os 10 mandamentos do Casal

* Por Prof. Felipe Aquino



Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal". Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.

1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo

A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. D. Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".

2. Nunca gritar um com o outro

A não ser que a casa esteja pegando fogo.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro

Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", de luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral"; dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.

4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor

A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.

5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado

A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge

Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo

"Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento" (Ef 4,26b)
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa

Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.

9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas

Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!

10. Quando um não quer, dois não brigam

É a sabedoria popular que ensina isto. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.
Fonte: Canção Nova/ Prof. Felipe Aquino
Do livro "Namoro" - Site da Canção Nova (
www.cancaonova.com)
Fonte: Portal da Família
Link: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo021.shtml

terça-feira, 17 de julho de 2012

Engaje-se!


O que é PASTORAL?


A Igreja chama de “pastoral” o cuidado para com todas as realidades a que ela é chamada a evangelizar em nome de Cristo, Bom Pastor. As pessoas enviadas por Cristo para continuar a sua obra assumem a tarefa pastoral em comunhão com toda a Igreja e para o bem de todo o rebanho.
Ao engajar-se numa missão, os desafios da vida comunitária se farão sentir. Por isso, a passagem para uma nova forma de pertença a Cristo exigirá do agente uma constante atitude de conversão. Ele é chamado a ser mais do que meramente católico, é convidado a descobrir a “alegria de ser Igreja”.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Educar os filhos mais confiantes

Educar filhos mais confiantes e responsáveis - A grande tarefa dos pais

Foi-se o tempo em que a preocupação maior dos pais era proporcionar educação, comida, moradia e segurança aos filhos.
Atualmente sabemos que prepará-los emocionalmente para a vida é de suma importância e que não é uma tarefa fácil. É preciso prepará-los para que estejam seguros e confiantes diante das surpresas que a vida reserva a todos os seres humanos.
É aí que o papel da família é fundamental, pois é através dos comentários da família que a criança forma sua auto-imagem de maneira positiva ou negativa.
Se o olhar da família for direcionado somente para os “defeitos”, há uma grande possibilidade de comprometimento da confiança e da capacidade de pensar da criança, podendo torná-la desmotivada, não só na vida escolar, mas principalmente no enfrentamento dos desafios da vida.
Pensamos que família e escola devem caminhar juntas no sentido de destacar os pontos positivos da criança e também, reassumir seus próprios pontos positivos, repensando o papel do educador.
É importante que família e escola apontem os atributos positivos, por exemplo, elogiando!!! As tentativas fracassadas merecem incentivos, assim como o reconhecimento dos primeiros sinais de melhora.
Lembre-se que é impossível resolver um grande problema sem ter ultrapassado pequenas etapas, portanto ajude-o, fique ao lado, oriente, permita que ele enfrente as dificuldades e frustrações, pois só assim é possível adquirir segurança e independência.
Estudos comprovam que crianças educadas em ambientes que valorizam o desenvolvimento emocional, trabalhando para que as crianças cresçam com segurança emocional e boas auto-estimas apresentam maior capacidade de estabelecer vínculos sadios com as pessoas.
Crianças pequenas não devem assumir a mesma rotina de adultos, com uma agenda de compromissos que concorrem com os pais, nem adolescentes podem ser tratados como bebês, isentos de qualquer responsabilidade sobre seus atos.
Nossos filhos precisam ser preparados para enfrentar perdas, derrotas, humilhações e injustiças. O que diferencia os jovens que fracassam dos que tem sucesso não é a cultura acadêmica, mas a capacidade de superação das adversidades da vida.
Fique atento a atitudes de comodismo, inflexibilidade, alienação e falta de vontade de crescer, pois  podem ser indicadores de pedido de ajuda.
Então qual seria o papel do professor no contexto atual? O de sempre, a busca pelo próprio saber, o prazer de ensinar que deve existir na relação do professor com seus alunos, como nos diz Rubem Alves: “ O mestre nasce da exuberância da felicidade”.
É essencial que o professor volte a (re)encontrar seu espaço, seu lugar que foi se confundindo com o passar do tempo, com a perda dos valores éticos e morais e assuma a postura de educador no sentido amplo da palavra – detentor de conhecimento, construtor/preparador de indivíduos críticos, analíticos e responsáveis, delimitador das regras e normas, fazendo de seus alunos,  cidadãos.
Para isso, é necessário que não se sinta “ameaçado” pelos gritos e berros que escuta em sala de aula, nem tente retribuir no “olho por olho, dente por dente”, mas possa ser firme sendo dócil, exigindo respeito sem ser autoritário, fazendo seu trabalho de maneira criativa; enfim, que tenha a certeza de estar no lugar certo fazendo a coisa certa.
O verdadeiro otimismo é construído pelo enfrentamento dos problemas e não pela sua negação.

Texto baseado em encarte do Colégio Santana – Colaboração de Helenita da Penha Oliveira – Outubro/2010

Conquiste o Respeito de Seu Filho



O diretor de uma empresa disse certa vez aos funcionários: "As demissões continuarão, a menos que o moral se eleve."
É fácil perceber o quanto esta declaração é absurda. É um pouco mais difícil entender o que está errado quando um pai grita com seu filho: "Por que você não me respeita?"

Pesquisas têm demonstrado que crianças, como os adultos, respeitam aqueles que as respeitam. Mesmo quando uma medida disciplinar é necessária, pode ser feita com respeito. Dizer respeitosamente à criança: "Tenho que tomar esta medida disciplinar para seu bem-estar" ou "Isto é uma consequência de sua ação." Não há necessidade de humilhar a criança ou diminuí-la porque fez algo de errado.
Quando a criança é sempre interpelada com respeito, aprenderá a respeitar os outros e como devolver o respeito aos pais. Devemos nos lembrar que o respeito precisa ser conquistado - não pode ser exigido. O respeito expande-se a todos os aspectos da vida da criança, tais como não abrir cartas endereçadas a ela, bater à porta de seu quarto antes de entrar, bem como não bisbilhotar suas conversas com amigos no telefone, etc.
Uma criança que é respeitada tem um forte sentimento de auto-estima, que a ajuda a sair-se bem em todas as áreas da vida. E o mais importante, entenderão exatamente o que é o respeito, e portanto saberão como exprimi-lo.
Tente - você gostará!
Por Yaacov Lieder 

domingo, 15 de julho de 2012

Corrija os seus filhos sem condená-los

 

“Corrija os seus filhos enquanto ainda há esperança, não deixe que eles destruam a si mesmos.” (Provérbios 19:18)
Todos nós precisamos de correção às vezes, porque ninguém é perfeito. Se eu não disciplinar meus filhos, isso significa duas coisas:

Eu estou disposto a participar de sua destruição. Provérbios 19:18 diz: “Corrija os seus filhos enquanto ainda há esperança, não deixe que eles destruam a si mesmos”. Se eu não tomar tempo para corrigir os meus filhos, ensinar-lhes novos hábitos, e a maneira correta de se comportar e pensar; Na verdade estou os definindo a falhar e serem destruídos na vida. Pior ainda, se recusando a tomar o tempo para disciplinar os nossos filhos é prova de falta de amor no nosso coração. Nós não pensamos dessa maneira, não é mesmo… Às vezes nós estamos apenas cansados demais para lutar outra batalha. Mas isso revela que estamos colocando as nossas necessidades à frente das necessidades dos nossos filhos. Precisamos ter tempo para discipliná-los.
Como podemos corrigi-los em um caminho sem condená-los?

Não corrija com raiva." E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor." Efésios 6:4
Quando estiver frustrado e irritado com os seus filhos, é bom deixar que a frustração passe pois, uma explosão é apenas uma solução instantânea mas, não faz nada para o problema a longo prazo. Pelo contrário, só piora a relação entre pais e filhos. Em vez de disciplinar com raiva, recue, acalme-se, tenha auto-controle e em seguida, volte a lidar com o problema.

Cuidado com suas palavras.
Efésios 4:29 diz: “Não use palavras nocivas, mas só palavras úteis, do tipo que constroi”. Palavras prejudiciais criam memórias dolorosas. Aquelas palavras que são faladas com raiva, depreciam. Exaltar as nossas fraquezas, falhas e fracassos são como facadas no coração. Você não quer deixar que palavras prejudiciais sejam as memórias da sua família. Em vez disso, escolha cuidadosamente suas palavras e fale a linguagem do AMOR.
Peça ao Senhor a oração de Moisés em Salmos 90:12
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”
Deus nos abençoe!


Ser sal e luz nos relacionamentos

 


Podemos achar que estabelecer um relacionamento duradouro é algo impossível de ser vivido. Por isso, corremos o risco de considerar que viver separados, no nosso mundinho, é a melhor opção. Pensamos que viver isolados é a melhor opção quando deparamos com as dificuldades próprias das situações com as quais vivemos. Apesar de convivermos com pessoas a quem amamos, nem por isso outros sentimentos deixaram de existir.
Continuamos a sentir raiva, impaciência, incompreensão e alguns desses sentimentos, quando aflorados, provocam os abalos em nossos convívios. Temos dificuldades na amizade, no namoro, no casamento e também na relação com os filhos. São crises que assolam a nossa vida, mas a boa notícia é que nenhuma delas são eternas. Pouco a pouco, vamos aprendendo a enfrentar aquilo que nos coloca em xeque.


Você pode se lembrar de situações que pareciam difíceis e que você até chegou a pensar que não iria aguentar, mas elas passaram, já não fazem mais parte desse tempo. Mas, elas passaram por que você se esqueceu delas? Não. Elas passaram porque você aprendeu uma maneira de contornar e superar o problema. Todas as crises são passageiras somente quando você aprende a trabalhar com elas. No entanto, diante delas [crises], o mundo quer nos mostrar o caminho mais fácil para enfrentar essas situações ensinando-nos a descartar pessoas que nos trazem dificuldades. Contudo, quem se isola não cresce, não progride, nem amadurece.

As pessoas, por saberem que estamos nos esforçando na caminhada, muitas vezes, nos julgam por não conseguirem ver em nós alguém que elas idealizaram. Muitas vezes, fantasiam um personagem longe da nossa realidade. Mas o que elas querem ver na verdade? João Paulo II, no livro "Words of inspiration", nos responde: O mundo quer ver Jesus em você! "Muitos sabem o que você faz e o admiram e o valorizam por isso. Mas a sua verdadeira grandeza está naquilo que você é. O que você é na essência talvez seja menos conhecido e pouco entendido. Essa verdade só pode ser compreendida à luz da nova vida, revelada em Cristo. Somente n'Ele você será uma nova criatura".

E como podemos fazer com que esse novo homem se revele à luz dessa nova vida? Todos nós temos alguém a quem admiramos. Eu admiro o senso de responsabilidade e de compromisso que meus pais têm. Mas apenas admirar essas virtudes de alguém em nada vai repercutir em minha vida. Então porque eu os admiro, eu quero imitá-los. Essa nova vida revelada não compreende apenas o conhecer um Jesus histórico, mas o meu ser precisa imitá-Lo.

Em que momento, nas Sagradas Escrituras, encontramos alguma ação de Jesus em que Ele condena aquele que ia ao Seu encontro? Se nós fizermos o esforço de imitar essa atitude do Senhor - de não condenar ninguém - já estaremos deixando o "novo homem" emergir com as características de quem precisa ser sal e luz em nossos relacionamentos.

Sabemos que não somos perfeitos e, ao entendermos que um relacionamento acontece numa "via de mão dupla", precisamos estar atentos para não exigir do outro somente atitudes de perfeição, quando reconhecemos em nós os mesmos defeitos trazidos pelo outro.

Dado Moura
Retirado do Blog da Canção Nova

Casamento, do fracasso à vitória


Hoje costuma-se dizer que a familia fracassou, que a instituição familiar como se conhece “tradicionalmente” esta falida. E com base nessa afirmação vão se criando opções e conceitos “novos” de famílias, assim também o divórcio passa a ser cada vez mais uma característica dessa “novidade” de conceitos e até mesmo um sinal de modernidade. E a consequência disso é clara, pois quando passamos a acreditar no divórcio passamos a desacreditar do casamento, da familia. O Padre Cormac Burke no livro Amor e Casamento diz o seguinte:
“O casamento é, obviamente, uma das tendências mais naturais da natureza humana. Ora, se é assim, parece difícil imaginar que, em circunstâncias normais, seja natural que o casamento fracasse. Se tantos casamentos fracassam hoje em dia, talvez seja porque as circunstâncias que cercam o matrimônio já não são normais. Ao invés de o casamento estar fracassando para o homem, não será o homem que vem fracassando em relação ao casamento? Não sera que o erro, ao invés de residir no casamento, reside no homem moderno, e mais especialmente no modo como ele encara o casamento?”
São muito perspicazes essas palavras, pois elas remetem a responsabilidade do “fracasso” do casamento ao homem e não a instituição matrimonial. Não é o casamento ou a familia que tem fracassado para o homem de hoje, mas é o homem com sua “nova” maneira de ver, com suas diversas linhas de pensamentos, ideologias, modas, que tem fracassado para o matrimônio.
A não falência, o não fracasso do casamento é algo até óbvio, pois nossa fé Católica nos ensina que o matrimônio é uma Instituição Divina, é um sacramento, é um sinal visível da graça invisível de Deus, ou seja, antes de ser algo natural, porque faz parte da natureza humana, o matrimônio é Vontade de Deus, a familia é uma Instituição Divina, e o que é Vontade de Deus não pode fracassar, não pode falhar!
O matrimônio sendo um sacramento deve ser sinal do que ele representa: o amor de um homem por uma mulher assim como a geração de filhos, são sinais visíveis, palpáveis do Amor de Deus pelo homem, a aliança que homem e mulher fazem diante do altar é um sinal da Aliança de Amor que o Senhor fez com o homem no altar da Cruz.
Ora, sabendo que “nada pode nos separar do amor do Senhor”(Rm 8, 35), sabendo que o Amor de Deus pelo homem não fracassou, é claro que o matrimônio não é uma Instituição falida ou fracassada, mesmo que pesquisas digam o contrario.
Se o teu casamento esta, aparentemente, fracassado, falido, se você esta querendo desistir da tua familia, existe uma solução: Deus! Ele é a origem, ele é o Doador desse Dom, volte-se para Ele.
Se você tem visto que a tua família está um caos, clame o Espírito Santo, pois como nos diz a Palavra do Senhor: “A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.” (Gn 1, 2) Clame ao Espírito Santo pedindo a Ele que venha ordenar o que esta desordenado no seio de tua familia, pois o Espírito Santo tem o poder de renovar o teu matrimônio e essa renovação da tua familia começa com a renovação em você!

Radameques Ceccaci dos Santos
Retirado do Site da Comunidade Shalom

sábado, 14 de julho de 2012

Família: laboratório de amor


“A Família não nasce pronta; constrói-se aos poucos, e é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar, pode-se experimentar com profundidade a grande aventura de amar sem medo. A família pode ser o ambiente mais apropriado para uma maravilhosa experiência de amor”.

A Família é o nosso fundamento, a base do nosso futuro, mas é reconhecido que a família unidade base da sociedade, enfrenta, desde algum tempo, problemas complexos, que têm afetado a sua estrutura, tais problemas ou desajuste familiar ocorre por motivos mais diversos tais como: o desrespeito de cada uma das pessoas em relação a outra, inclusive no que tange a privacidade; à ausência do diálogo; a desmotivação da vida à dois e a FALTA DE AMOR, este último tem contribuído, em larga escala, para a dissolução da estrutura familiar.

Ao modificar o entendimento dessa palavra divina chamada AMOR, que está acima da compreensão das últimas gerações dominadas, inteiramente, pelos sentidos materialistas, gerações que se distanciam das coisas do espírito, de onde nascem a amizade, a ternura, o afeto, e que engrossa, em seu processo de tornar-se puro, o amor pleno, aquele que é engrandecido pelo sentimento, e não pelo instinto. Se dentro do seio familiar, aplicarmos o nosso mais valioso curso de renunciação e fraternidade e, quando praticarmos o ensinamento do amor puro, com quem convive conosco e nos partilha a mesa através do calor do mesmo sangue, então estaremos inteiramente habilitados para seguir com Jesus no apostolado do bem à humanidade inteira, pois toda família se beneficia de um ambiente agradável e cheio de amor.

Não podemos esquecer que a educação dada pela família, através dos padrões de ética, de moral e de religiosidade é fundamental para sua formação moral, pois uma criança que cresce num ambiente familiar onde se respira o amor, aprende a amar com toda a naturalidade do mundo. Um jovem, que vê nos pais um exemplo a ser seguido, encontra outras pessoas e, naturalmente, dá um bonito testemunho de amor, assim quem aprende a respeitar o semelhante, NÃO MATA, NÃO ESTUPRA e nem comete VIOLÊNCIA CONTRA O PRÓXIMO. Temos que deixar claro, que a falta da educação familiar entre outros males, tem gerado a falta de respeito ao próximo e a própria vida e como conseqüência, a qualidade de vida da sociedade tem descido às raias do absurdo de assistirmos a violência gratuita tirando as vidas dos jovens. Será através da organização familiar que a sociedade conterá os vícios das drogas, a maternidade antecipada e o avanço da criminalidade, só assim os valores da instituição familiar, através das quais será possível resgatar a estabilidade da união, a paternidade responsável e a paz social, pois a FAMÍLIA É A ESPERANÇA DA HUMANIDADE, e, todos aqueles que a valorizarem terão mais condições de serem felizes na vida. Isto porque, sem a estrutura familiar reorganizada, não se conseguirá melhorar a qualidade de vida das pessoas, nem diminuir essa criminalidade que tanto nos assusta.

A família
Mazenildo Feliciano Pereira

sábado, 7 de julho de 2012

Pastoral Familiar

APRESENTAÇÃO

A PASTORAL FAMILIAR COMO SERVIÇO À EVANGELIZAÇÃO
Jo 10,1-15 BOM PASTOR

Jesus é o Bom Pastor. Ele é pastor, porque se ocupa de guardar e cuidar do seu rebanho, com carinho e dedicação. Mas Jesus não é um pastor qualquer. Ele é o Bom Pastor. Por isso, Jesus se sacrifica pelas suas ovelhas e chega até morrer por elas. Nós somos as ovelhas de Jesus, o seu rebanho. E o rebanho de Jesus é muito grande.

Como Jesus pode cuidar, pessoalmente, de cada ovelha desse rebanho tão grande, se Ele não está mais fisicamente entre nós?
Foi exatamente para isso que Jesus deixou na Igreja o Papa, os Bispos e os padres, como seus sucessores. Para poderem trabalhar pessoalmente com o povo. Para cuidarem de suas ovelhas. Contudo, nós leigos e padres, temos um sacerdócio comum: o do Batismo.

É exatamente aí que entra o nosso trabalho. Os Padres, os Bispos e Papa representam uma parceria muito pequena dentro da grande família dos filhos de Deus, que é a Igreja. Nós, leigos, como eles, temos também a nossa parcela de responsabilidade, da responsabilidade de todos os discípulos e discípulas de Cristo na missão de evangelizar. Muitos são os carismas, ministérios. E o leigo casado, a família, são chamados, também, a trabalhar pelo reino de Deus.

UMA PASTORAL-EIXO

É por isso que nós somos agentes de pastoral. Estamos agindo, trabalhando na Pastoral, porque nós, como batizados, recebemos de Jesus a missão de sermos, também, seus porta-vozes, a missão de sermos evangelizadores, de levarmos a sua “Boa nova” a todas as pessoas.

Mas, como Jesus, precisamos ser bons pastores, isto é, bons agentes da pastoral. A atividade pastoral da Igreja é exercida em vários ramos: Pastoral da Saúde, Pastoral Vocacional, Pastoral da Juventude, da Criança, da Família, etc. É uma única atividade pastoral, mas diversificada, ramificam em vários setores: Catequese, Liturgia, etc.

A pastoral Familiar é como o “eixo” das pastorais. Ela é o ponto básico e fundamental, pois todas as pastorais têm alguma coisa a ver com a família, e a Pastoral Familiar também tem muito a ver com as outras pastorais. Vamos saber logo, então, o que é a pastoral Familiar.

UMA PASTORAL ORGÂNICA

A Pastoral Familiar é muito abrangente. Envolve todos, ninguém fica de fora: ela não pode e não quer deixar ninguém de fora. Com relação às outras Pastorais, Movimentos e Serviços da Igreja, ela se compara à trama de um tecido, pois faz com que todos estejam juntos, unidos, entrelaçados, e não apenas um ao lado do outro, como livros numa estante. Por isso a Pastoral Família é, com toda razão, uma pastoral orgânica, e não uma pastoral de conjunto.

Numa pastoral de conjunto, as diversas pastorais fazem o seu trabalho obedecendo às orientações do pároco ou do bispo, mas se desconhecem em sua ação. Uma determinada pastoral não sabe ou não se interessa pelo que faz um outro agente de uma outra pastoral ou Movimento na Igreja.

Na Pastoral Orgânica, ao contrário, um agente de pastoral está atento ao trabalho e aos objetivos das demais pastorais, trabalha em sintonia com as outras pastorais, presta a elas sua ajuda e sabe se aproveitar das oportunidades que elas oferecem ao seu campo específico de ação pastoral. Na pastoral Orgânica, não há apenas um alinhamento das pastorais num campo de ação. Há um verdadeiro intercâmbio de forças, com a circulação de vida evangélica entre as diferentes pastorais. Nenhuma Pastoral ou Movimento Apostólico sente o outro como concorrente. Todos querem anunciar Jesus Cristo. Todos querem evangelizar. Todos querem o domínio (Reino) de Deus entre as pessoas.

Da mesma forma que a Pastoral Familiar é auxiliada pelas outras pastorais, ela não pode desconhecer as metas e as propostas de trabalho de todas as outras pastorais organizadas na Paróquia e na Diocese. A Pastoral Familiar tem de somar suas atividades com o empenho das demais pastorais, procurando participar de seus projetos.
DE ONDE VEM?
Aconteceram vários encontros dos Bispos (sínodos), sendo o último em 1980, através do qual foi solicitado à Sua Santidade, o Papa João Paulo II, que se fizesse interprete diante da humanidade da viva solicitude da Igreja pela família.

Iluminado pela fé, o Papa, representante máximo da Igreja fez conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família, e sob o seus significados mais profundos. Num momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que a procuram destruir, se viu a necessidade de começarmos, inspirados pela força do Espírito Santo, a nos organizar. Daí a determinação do Papa: que se crie a Pastoral Familiar que seja uma ação que se realiza na Igreja, com a Igreja e pela Igreja, de forma ordenada, planejada, por meio de agentes específicos e com metodologia própria, tudo , visando a evangelização da família.
OBJETIVOS
O objetivo central é a evangelização da Família. Mas, explicando melhor, a Pastoral Familiar é uma ação organizada e planejada, que se realiza na Igreja e com a Igreja, por meio de agentes específicos, capazes de oferecer os instrumentos necessários para a formação da família. Para fornecer orientações para a vivência familiar. Para levar a todos a Boa Nova do Sacramento do Matrimônio. Para transformar a sociedade pela obra de evangelização humana e cristã. Para defender e promover a vida e o amor, como valores essenciais da dignidade humana.

Objetivos específicos

Em virtude da amplitude de ação da Pastoral Familiar, os seus objetivos específicos podem ser subdivididos em quatro níveis, para conhecê-los clique no desenho desta família :
 
  :: Em Nível de Casal

Ajudar os casais a crescerem e amadurecerem no amor que os une;

- ajudar os casais a viverem o matrimônio como "Aliança Eclesial e Sacramental";

- ajudar os casais a viverem a sexualidade de maneira humana e cristã, colocando-a a serviço do amor, da aliança e da vida;

- ajudar os casais a viverem a fraternidade responsável e planejamento familiar;

- ajudar os casais a descobrirem e assumirem seu compromisso apostólico, decorrente do batismo

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar

  :: Em Nível de Família

- educar a família para o amor e para a estima e promoção da vida;

- capacitar pais e filhos para um autêntico diálogo familiar, como elemento de comunhão e participação;

- promover efetiva orientação e acompanhamento dos pais no processo educativo de seus filhos;

- desenvolver a fraternidade, partilha e senso do bem comum;

- educar para o compromisso, liberdade e responsabilidade;

- educar a família para uma reta compreensão da sexualidade, para a afetividade;

- educar para as responsabilidades sociais e eclesiais;

- ajudar as famílias a viverem o Evangelho, terem senso da pertença a uma comunidade e colocarem os valores cristãos na vida de todos os dias.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
  :: Em Nível de Igreja

- refletir constantemente sobre a problemática e a missão da família à luz do Evangelho e dos ensinamentos do Magistério;

- promover os valores perenes da família como base da sociedade e da Igreja;

- preparar remota e proximamente os jovens para o sacramento do matrimônio e a vida familiar;

- desenvolver ações específicas em colaboração e integração com outras pastorais;

- detectar e realçar os valores e ideais familiares vividos por grupos comunitários;

- proporcionar capacitação e formação dos agentes da Pastoral Familiar;

- articular movimentos, serviços e institutos familiares com as atividades da Pastoral Familiar.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar
 

  :: Em Nível de Sociedade

- auxiliar as famílias que se encontram em situações difíceis, críticas ou irregulares;

- defender as famílias quando ameaçadas de destruição ou deformação de sua missão;

- desenvolver gestões e estimular a participação das famílias no campo político, visando a promoção e a defesa da família, de seus direitos e valores;

- trabalhar por uma política que favoreça e promova as famílias das classes menos favorecidas, particularmente nas áreas de habitação, emprego, previdência, saúde e educação;

- promover cursos, encontros para formação de espírito crítico das famílias diante dos meios de comunicação social;

- colaborar com instituições e grupos organizados que se preocupam com a família ou voltados para sua promoção, visando colher subsídios, trocar experiências e realizar eventuais ações conjuntas.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar

HISTORICO DA PASTORAL
As primeiras linhas de organização da Pastoral Familiar têm precedentes históricos dos Sínodos dos Bispos realizado em 1980 em Roma, de 26 de Setembro a 25 de Outubro, no qual este foi uma continuação natural dos dois precedentes; a família cristã, de fato, é a primeira comunidade chamada a anunciar o Evangelho à pessoa humana em crescimento e levá-la, através de uma catequese e educação progressiva, à plenitude da maturidade humana e cristã.

Neste Sínodo, solicitado à Sua Santidade, o Papa João Paulo II, que fizesse intérprete diante da humanidade, da vida solicitude da Igreja pela família.

Iluminado pela fé, o Papa, representante máximo da Igreja, fez conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família, e sobre os seus significados mais profundos.

Num momento histórico, em que a família é alvo de numerosas forças que procuram destruir, se viu a necessidade de começarmos, inspirados pela força do Espírito Santo, a nos organizar.

Daí a determinação do Papa: que se crie a Pastoral Familiar, que seja uma ação realizada na Igreja, com a Igreja e pela Igreja, de forma ordenada, planejada, por meio de agentes específicos e com metodologia própria, tudo visando à evangelização da família.

Este Sínodo, marcado pelas palavras do Papa João Paulo II, ainda hoje têm uma maior atualidade e uma mais pungente necessidade de se pôr em prática:

- Em cada Diocese – vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero – o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo “investimento” altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo apoio a uma Pastoral Familiar efetiva”

No Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada própria a partir de 1989. Em 1993, obteve um maior estímulo com a publicação do subsídio “Pastoral Familiar no Brasil”, nº. 65 da Coleção Estudos da CNBB. Esse documento, ainda hoje atual, na 14ª edição, sintetiza dados, subsídios e diretrizes da Pastoral Familiar e figura como um “embrião” deste diretório da Pastoral Familiar em nosso País.

Em 1992, respondendo às necessidades das bases, manifestadas crescentemente nos Encontros Nacionais, foi criado em Curitiba, o Instituto da Pastoral Familiar (IPF), hoje, Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF), sediado em Brasília. Sua Finalidade é prover a formação de agentes da Pastoral Familiar. Também nessa época os Congressos Nacionais da Pastoral Familiar firmaram a sua presença e passaram a ser precedidos pelos Encontros Nacionais de Assessores Espirituais da Pastoral Familiar.

Em 1994, a CNBB escolheu a família como tema da Campanha da Fraternidade. Com o lema “A família, como vai?”, lançou “o olhar sobre a realidade da família” e percebeu a situação extremamente delicada em que esta se encontrava.

Na esteira desses acontecimentos, unidos ainda aos pronunciamentos do Papa – tanto nas visitas ao Brasil quanto aos Bispos brasileiros em Visitas Ad Limina – a Pastoral Familiar deu passos mais decididos. E a partir do “II Encontro Mundial do Papa com as Famílias” e o respectivo Congresso Teológico-Pastoral, realizado na cidade do Rio de Janeiro (1997), os avanços foram ainda maiores.

Em 1998, o então Setor Família da CNBB apresentou à 36ª. Assembléia Geral da CNB, os primeiro desdobramento do 2º. Encontro Mundial do Papa com as Famílias no Brasil. Traçou metas mais concretas para agilizar as ações de implantação da Pastoral Familiar nas Paróquias e oferecer subsídios para a formação e informação das famílias. Elaborou e publicou o Guia “Pastoral Familiar na Paróquia”, para ajudar as comunidades a implantarem e iniciarem os trabalhos na paróquia. Em junho de 2001, editou o “Guia de Preparação para a Vida Matrimonial”.

A partir de 1999, iniciaram-se também os Fóruns e Cursos de Bioética, com Equipe de Bioética do Núcleo de Reflexão e Apoio (NURAP) do Setor Família. Em 2000, criou-se a Equipe de Políticas Familiares do NURAP, que deu início aos Seminários e Fóruns de Políticas Familiares, em parceria com o Instituto João Paulo II: o Pontifício para Estudos e Ciências sobre o Matrimônio e Família, de Salvador/BA.
IMPORTÂNCIA DA FAMILIA PRA DEUS
Nas primeiras páginas da Escritura Sagrada, aparece o relato da criação do primeiro casal e sua missão. A família é uma instituição divina desde sua origem e está profundamente vinculada ao plano de Deus. O Senhor Deus fez o plano da encarnação, determinando que Jesus nascesse numa família. O filho de Deus encarnado, passou 30 anos de sua vida no interior de uma família. Jesus elevou a instituição à dignidade de Sacramento, sinal do Reino Novo que veio instaurar.

Realizou seu primeiro milagre numa festa de casamento, conhecida como BODAS DE CANA, alem de freqüentar a casa da família de seus amigos, Marta, Maria e Lázaro.

Então, biblicamente falando, Jesus que sempre nos deu toda a fórmula da vida cristã através de seus exemplos, quer a família comprometida com seu Reino. Ele saiu da sua família, para formar a nova grande família. Começou com a escolha dos profetas e continua até os dias de hoje, através de seus seguidores na Igreja. Tenhamos o seu maior ensinamento sempre presente em nossas vidas: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.

A Pastoral Familiar se interessa por toda e qualquer realidade familiar e da Igreja. É uma Pastoral ampla, abrangente, que age unida a outras pastorais. Tem, contudo, uma atuação própria, específica. Por isso precisa de agentes especializados. Ela é muito mais abrangente que os Movimentos Familiares. Não podemos confundir os vários Movimentos Familiares e os Serviços à Família com Pastoral Familiar. São coisas distintas, que precisam ser integradas.

OS DESTINATÁRIOS

A quem se destina tudo isso? A que tipo de pessoas e de famílias?

A todas as famílias e a todas as situações familiares, para ajudá-las e para servir a elas. Destina-se às famílias que já estão bem constituídas, mas também às famílias desestruturadas e àquelas a que chamamos “casos difíceis” e, também, às famílias que ainda vão ser constituídas.

A Pastoral Familiar age, basicamente, em três campos ou etapas de atuação: a Pastoral Familiar pré-matrimonial (que compreende as fases da preparação remota para o Sacramento do Matrimônio, da preparação próxima e da preparação imediata), a pastoral pós-matrimonial e os assim chamados Casos Difíceis (ou casos Especiais). Especificando cada etapa:

  :: 1º Etapa Matrimonial

NA FASE REMOTA, ou seja, bastante anterior ao casamento, tem em vista, principalmente, os valores familiares. Por isso, o agente fundamental dessa fase é a própria família. Ela se articula com a Pastoral da Criança e do Menor, com a Catequese de Primeira Eucaristia e Crisma e trabalha, principalmente, junto aos grupamentos de jovens, dando atendimento nas escolas, especialmente quando se trata da educação para o amor (sexual).

Já a FASE PRÓXIMA é,  como o próprio nome já diz, uma preparação mais próxima para o matrimônio. Ela compreende, basicamente, os Encontros de formação para namorados e a Catequese Matrimonial para o tempo do noivado.

A Fase Imediata, ou seja, aquela que está imediatamente antes do Matrimônio, ocupa-se, principalmente, dos Encontros para noivos e, também, da Celebração do matrimônio, para que esta seja feita da maneira mais adequada possível, valorizando o Sacramento, nos seus aspectos mais profundos, e não apenas a festa e as aparências externas dos preparativos.

  :: 2º Etapa Pós Matrimonial

A etapa Pós-matrimonial, ou seja, depois do matrimônio, compreende, como o próprio nome diz, a etapa posterior, aquela que sucede ao Matrimônio. Ela deve envolver os recém-casados, os grupos familiares, os pais que pedem o Batismo para seus Filhos, a Primeira Eucaristia e a Crisma; deve procurar dar atendimento e assistência aos pais dos noivos e também assistência aos viúvos e aos idosos, além de promover encontros familiares, para o cultivo da vida e do amor conjugal familiar. É um serviço muito entrosado com as outras pastorais. É por isso também que esta se chama Pastoral Familiar, pois quer colaborar em todas as situações, para que reinem espírito, amor e vivência de família.

  :: 3º Situações Especiais

E os “Casos difíceis” (ou Especiais), são aqueles que exigem uma especial atenção: as famílias incompletas, isto é, separados, os pais e mães solteiros, as famílias que vivem em situação de miséria numa comunidade ou, ainda, aquelas famílias nas quais o pai se ausenta por um longo tempo do lar, as famílias de migrantes, as uniões livres, os casais “juntados”, que podem regularizar as situação, ao que são casados apenas no civil e também podem regularizar sua situação diante de Deus e da Igreja, as pessoas casadas que se separaram e não contraíram novas núpcias, etc.  E, ainda, aqueles casos ou situações irregulares, tais como os divorciados, os separados e os que estão em segunda união (que se separam e constróem uma nova união), ou seja, todos aqueles que estão impossibilitados de receber o Sacramento do Matrimônio.
   
“Que cada família seja uma comunidade de oração, de transmissão da fé e lugar de formação do espírito.”
(Papa Bento XVI – V Encontro Mundial das Famílias)