PASTORAL FAMILIAR

FAMÍLIAS EVANGELIZANDO FAMÍLIAS

sábado, 7 de julho de 2012

Pastoral Familiar

APRESENTAÇÃO

A PASTORAL FAMILIAR COMO SERVIÇO À EVANGELIZAÇÃO
Jo 10,1-15 BOM PASTOR

Jesus é o Bom Pastor. Ele é pastor, porque se ocupa de guardar e cuidar do seu rebanho, com carinho e dedicação. Mas Jesus não é um pastor qualquer. Ele é o Bom Pastor. Por isso, Jesus se sacrifica pelas suas ovelhas e chega até morrer por elas. Nós somos as ovelhas de Jesus, o seu rebanho. E o rebanho de Jesus é muito grande.

Como Jesus pode cuidar, pessoalmente, de cada ovelha desse rebanho tão grande, se Ele não está mais fisicamente entre nós?
Foi exatamente para isso que Jesus deixou na Igreja o Papa, os Bispos e os padres, como seus sucessores. Para poderem trabalhar pessoalmente com o povo. Para cuidarem de suas ovelhas. Contudo, nós leigos e padres, temos um sacerdócio comum: o do Batismo.

É exatamente aí que entra o nosso trabalho. Os Padres, os Bispos e Papa representam uma parceria muito pequena dentro da grande família dos filhos de Deus, que é a Igreja. Nós, leigos, como eles, temos também a nossa parcela de responsabilidade, da responsabilidade de todos os discípulos e discípulas de Cristo na missão de evangelizar. Muitos são os carismas, ministérios. E o leigo casado, a família, são chamados, também, a trabalhar pelo reino de Deus.

UMA PASTORAL-EIXO

É por isso que nós somos agentes de pastoral. Estamos agindo, trabalhando na Pastoral, porque nós, como batizados, recebemos de Jesus a missão de sermos, também, seus porta-vozes, a missão de sermos evangelizadores, de levarmos a sua “Boa nova” a todas as pessoas.

Mas, como Jesus, precisamos ser bons pastores, isto é, bons agentes da pastoral. A atividade pastoral da Igreja é exercida em vários ramos: Pastoral da Saúde, Pastoral Vocacional, Pastoral da Juventude, da Criança, da Família, etc. É uma única atividade pastoral, mas diversificada, ramificam em vários setores: Catequese, Liturgia, etc.

A pastoral Familiar é como o “eixo” das pastorais. Ela é o ponto básico e fundamental, pois todas as pastorais têm alguma coisa a ver com a família, e a Pastoral Familiar também tem muito a ver com as outras pastorais. Vamos saber logo, então, o que é a pastoral Familiar.

UMA PASTORAL ORGÂNICA

A Pastoral Familiar é muito abrangente. Envolve todos, ninguém fica de fora: ela não pode e não quer deixar ninguém de fora. Com relação às outras Pastorais, Movimentos e Serviços da Igreja, ela se compara à trama de um tecido, pois faz com que todos estejam juntos, unidos, entrelaçados, e não apenas um ao lado do outro, como livros numa estante. Por isso a Pastoral Família é, com toda razão, uma pastoral orgânica, e não uma pastoral de conjunto.

Numa pastoral de conjunto, as diversas pastorais fazem o seu trabalho obedecendo às orientações do pároco ou do bispo, mas se desconhecem em sua ação. Uma determinada pastoral não sabe ou não se interessa pelo que faz um outro agente de uma outra pastoral ou Movimento na Igreja.

Na Pastoral Orgânica, ao contrário, um agente de pastoral está atento ao trabalho e aos objetivos das demais pastorais, trabalha em sintonia com as outras pastorais, presta a elas sua ajuda e sabe se aproveitar das oportunidades que elas oferecem ao seu campo específico de ação pastoral. Na pastoral Orgânica, não há apenas um alinhamento das pastorais num campo de ação. Há um verdadeiro intercâmbio de forças, com a circulação de vida evangélica entre as diferentes pastorais. Nenhuma Pastoral ou Movimento Apostólico sente o outro como concorrente. Todos querem anunciar Jesus Cristo. Todos querem evangelizar. Todos querem o domínio (Reino) de Deus entre as pessoas.

Da mesma forma que a Pastoral Familiar é auxiliada pelas outras pastorais, ela não pode desconhecer as metas e as propostas de trabalho de todas as outras pastorais organizadas na Paróquia e na Diocese. A Pastoral Familiar tem de somar suas atividades com o empenho das demais pastorais, procurando participar de seus projetos.
DE ONDE VEM?
Aconteceram vários encontros dos Bispos (sínodos), sendo o último em 1980, através do qual foi solicitado à Sua Santidade, o Papa João Paulo II, que se fizesse interprete diante da humanidade da viva solicitude da Igreja pela família.

Iluminado pela fé, o Papa, representante máximo da Igreja fez conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família, e sob o seus significados mais profundos. Num momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que a procuram destruir, se viu a necessidade de começarmos, inspirados pela força do Espírito Santo, a nos organizar. Daí a determinação do Papa: que se crie a Pastoral Familiar que seja uma ação que se realiza na Igreja, com a Igreja e pela Igreja, de forma ordenada, planejada, por meio de agentes específicos e com metodologia própria, tudo , visando a evangelização da família.
OBJETIVOS
O objetivo central é a evangelização da Família. Mas, explicando melhor, a Pastoral Familiar é uma ação organizada e planejada, que se realiza na Igreja e com a Igreja, por meio de agentes específicos, capazes de oferecer os instrumentos necessários para a formação da família. Para fornecer orientações para a vivência familiar. Para levar a todos a Boa Nova do Sacramento do Matrimônio. Para transformar a sociedade pela obra de evangelização humana e cristã. Para defender e promover a vida e o amor, como valores essenciais da dignidade humana.

Objetivos específicos

Em virtude da amplitude de ação da Pastoral Familiar, os seus objetivos específicos podem ser subdivididos em quatro níveis, para conhecê-los clique no desenho desta família :
 
  :: Em Nível de Casal

Ajudar os casais a crescerem e amadurecerem no amor que os une;

- ajudar os casais a viverem o matrimônio como "Aliança Eclesial e Sacramental";

- ajudar os casais a viverem a sexualidade de maneira humana e cristã, colocando-a a serviço do amor, da aliança e da vida;

- ajudar os casais a viverem a fraternidade responsável e planejamento familiar;

- ajudar os casais a descobrirem e assumirem seu compromisso apostólico, decorrente do batismo

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar

  :: Em Nível de Família

- educar a família para o amor e para a estima e promoção da vida;

- capacitar pais e filhos para um autêntico diálogo familiar, como elemento de comunhão e participação;

- promover efetiva orientação e acompanhamento dos pais no processo educativo de seus filhos;

- desenvolver a fraternidade, partilha e senso do bem comum;

- educar para o compromisso, liberdade e responsabilidade;

- educar a família para uma reta compreensão da sexualidade, para a afetividade;

- educar para as responsabilidades sociais e eclesiais;

- ajudar as famílias a viverem o Evangelho, terem senso da pertença a uma comunidade e colocarem os valores cristãos na vida de todos os dias.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
  :: Em Nível de Igreja

- refletir constantemente sobre a problemática e a missão da família à luz do Evangelho e dos ensinamentos do Magistério;

- promover os valores perenes da família como base da sociedade e da Igreja;

- preparar remota e proximamente os jovens para o sacramento do matrimônio e a vida familiar;

- desenvolver ações específicas em colaboração e integração com outras pastorais;

- detectar e realçar os valores e ideais familiares vividos por grupos comunitários;

- proporcionar capacitação e formação dos agentes da Pastoral Familiar;

- articular movimentos, serviços e institutos familiares com as atividades da Pastoral Familiar.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar
 

  :: Em Nível de Sociedade

- auxiliar as famílias que se encontram em situações difíceis, críticas ou irregulares;

- defender as famílias quando ameaçadas de destruição ou deformação de sua missão;

- desenvolver gestões e estimular a participação das famílias no campo político, visando a promoção e a defesa da família, de seus direitos e valores;

- trabalhar por uma política que favoreça e promova as famílias das classes menos favorecidas, particularmente nas áreas de habitação, emprego, previdência, saúde e educação;

- promover cursos, encontros para formação de espírito crítico das famílias diante dos meios de comunicação social;

- colaborar com instituições e grupos organizados que se preocupam com a família ou voltados para sua promoção, visando colher subsídios, trocar experiências e realizar eventuais ações conjuntas.

Fonte: Estudos da CNBB - nº 65
Setores da Pastoral Familiar

HISTORICO DA PASTORAL
As primeiras linhas de organização da Pastoral Familiar têm precedentes históricos dos Sínodos dos Bispos realizado em 1980 em Roma, de 26 de Setembro a 25 de Outubro, no qual este foi uma continuação natural dos dois precedentes; a família cristã, de fato, é a primeira comunidade chamada a anunciar o Evangelho à pessoa humana em crescimento e levá-la, através de uma catequese e educação progressiva, à plenitude da maturidade humana e cristã.

Neste Sínodo, solicitado à Sua Santidade, o Papa João Paulo II, que fizesse intérprete diante da humanidade, da vida solicitude da Igreja pela família.

Iluminado pela fé, o Papa, representante máximo da Igreja, fez conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família, e sobre os seus significados mais profundos.

Num momento histórico, em que a família é alvo de numerosas forças que procuram destruir, se viu a necessidade de começarmos, inspirados pela força do Espírito Santo, a nos organizar.

Daí a determinação do Papa: que se crie a Pastoral Familiar, que seja uma ação realizada na Igreja, com a Igreja e pela Igreja, de forma ordenada, planejada, por meio de agentes específicos e com metodologia própria, tudo visando à evangelização da família.

Este Sínodo, marcado pelas palavras do Papa João Paulo II, ainda hoje têm uma maior atualidade e uma mais pungente necessidade de se pôr em prática:

- Em cada Diocese – vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero – o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo “investimento” altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo apoio a uma Pastoral Familiar efetiva”

No Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada própria a partir de 1989. Em 1993, obteve um maior estímulo com a publicação do subsídio “Pastoral Familiar no Brasil”, nº. 65 da Coleção Estudos da CNBB. Esse documento, ainda hoje atual, na 14ª edição, sintetiza dados, subsídios e diretrizes da Pastoral Familiar e figura como um “embrião” deste diretório da Pastoral Familiar em nosso País.

Em 1992, respondendo às necessidades das bases, manifestadas crescentemente nos Encontros Nacionais, foi criado em Curitiba, o Instituto da Pastoral Familiar (IPF), hoje, Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF), sediado em Brasília. Sua Finalidade é prover a formação de agentes da Pastoral Familiar. Também nessa época os Congressos Nacionais da Pastoral Familiar firmaram a sua presença e passaram a ser precedidos pelos Encontros Nacionais de Assessores Espirituais da Pastoral Familiar.

Em 1994, a CNBB escolheu a família como tema da Campanha da Fraternidade. Com o lema “A família, como vai?”, lançou “o olhar sobre a realidade da família” e percebeu a situação extremamente delicada em que esta se encontrava.

Na esteira desses acontecimentos, unidos ainda aos pronunciamentos do Papa – tanto nas visitas ao Brasil quanto aos Bispos brasileiros em Visitas Ad Limina – a Pastoral Familiar deu passos mais decididos. E a partir do “II Encontro Mundial do Papa com as Famílias” e o respectivo Congresso Teológico-Pastoral, realizado na cidade do Rio de Janeiro (1997), os avanços foram ainda maiores.

Em 1998, o então Setor Família da CNBB apresentou à 36ª. Assembléia Geral da CNB, os primeiro desdobramento do 2º. Encontro Mundial do Papa com as Famílias no Brasil. Traçou metas mais concretas para agilizar as ações de implantação da Pastoral Familiar nas Paróquias e oferecer subsídios para a formação e informação das famílias. Elaborou e publicou o Guia “Pastoral Familiar na Paróquia”, para ajudar as comunidades a implantarem e iniciarem os trabalhos na paróquia. Em junho de 2001, editou o “Guia de Preparação para a Vida Matrimonial”.

A partir de 1999, iniciaram-se também os Fóruns e Cursos de Bioética, com Equipe de Bioética do Núcleo de Reflexão e Apoio (NURAP) do Setor Família. Em 2000, criou-se a Equipe de Políticas Familiares do NURAP, que deu início aos Seminários e Fóruns de Políticas Familiares, em parceria com o Instituto João Paulo II: o Pontifício para Estudos e Ciências sobre o Matrimônio e Família, de Salvador/BA.
IMPORTÂNCIA DA FAMILIA PRA DEUS
Nas primeiras páginas da Escritura Sagrada, aparece o relato da criação do primeiro casal e sua missão. A família é uma instituição divina desde sua origem e está profundamente vinculada ao plano de Deus. O Senhor Deus fez o plano da encarnação, determinando que Jesus nascesse numa família. O filho de Deus encarnado, passou 30 anos de sua vida no interior de uma família. Jesus elevou a instituição à dignidade de Sacramento, sinal do Reino Novo que veio instaurar.

Realizou seu primeiro milagre numa festa de casamento, conhecida como BODAS DE CANA, alem de freqüentar a casa da família de seus amigos, Marta, Maria e Lázaro.

Então, biblicamente falando, Jesus que sempre nos deu toda a fórmula da vida cristã através de seus exemplos, quer a família comprometida com seu Reino. Ele saiu da sua família, para formar a nova grande família. Começou com a escolha dos profetas e continua até os dias de hoje, através de seus seguidores na Igreja. Tenhamos o seu maior ensinamento sempre presente em nossas vidas: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.

A Pastoral Familiar se interessa por toda e qualquer realidade familiar e da Igreja. É uma Pastoral ampla, abrangente, que age unida a outras pastorais. Tem, contudo, uma atuação própria, específica. Por isso precisa de agentes especializados. Ela é muito mais abrangente que os Movimentos Familiares. Não podemos confundir os vários Movimentos Familiares e os Serviços à Família com Pastoral Familiar. São coisas distintas, que precisam ser integradas.

OS DESTINATÁRIOS

A quem se destina tudo isso? A que tipo de pessoas e de famílias?

A todas as famílias e a todas as situações familiares, para ajudá-las e para servir a elas. Destina-se às famílias que já estão bem constituídas, mas também às famílias desestruturadas e àquelas a que chamamos “casos difíceis” e, também, às famílias que ainda vão ser constituídas.

A Pastoral Familiar age, basicamente, em três campos ou etapas de atuação: a Pastoral Familiar pré-matrimonial (que compreende as fases da preparação remota para o Sacramento do Matrimônio, da preparação próxima e da preparação imediata), a pastoral pós-matrimonial e os assim chamados Casos Difíceis (ou casos Especiais). Especificando cada etapa:

  :: 1º Etapa Matrimonial

NA FASE REMOTA, ou seja, bastante anterior ao casamento, tem em vista, principalmente, os valores familiares. Por isso, o agente fundamental dessa fase é a própria família. Ela se articula com a Pastoral da Criança e do Menor, com a Catequese de Primeira Eucaristia e Crisma e trabalha, principalmente, junto aos grupamentos de jovens, dando atendimento nas escolas, especialmente quando se trata da educação para o amor (sexual).

Já a FASE PRÓXIMA é,  como o próprio nome já diz, uma preparação mais próxima para o matrimônio. Ela compreende, basicamente, os Encontros de formação para namorados e a Catequese Matrimonial para o tempo do noivado.

A Fase Imediata, ou seja, aquela que está imediatamente antes do Matrimônio, ocupa-se, principalmente, dos Encontros para noivos e, também, da Celebração do matrimônio, para que esta seja feita da maneira mais adequada possível, valorizando o Sacramento, nos seus aspectos mais profundos, e não apenas a festa e as aparências externas dos preparativos.

  :: 2º Etapa Pós Matrimonial

A etapa Pós-matrimonial, ou seja, depois do matrimônio, compreende, como o próprio nome diz, a etapa posterior, aquela que sucede ao Matrimônio. Ela deve envolver os recém-casados, os grupos familiares, os pais que pedem o Batismo para seus Filhos, a Primeira Eucaristia e a Crisma; deve procurar dar atendimento e assistência aos pais dos noivos e também assistência aos viúvos e aos idosos, além de promover encontros familiares, para o cultivo da vida e do amor conjugal familiar. É um serviço muito entrosado com as outras pastorais. É por isso também que esta se chama Pastoral Familiar, pois quer colaborar em todas as situações, para que reinem espírito, amor e vivência de família.

  :: 3º Situações Especiais

E os “Casos difíceis” (ou Especiais), são aqueles que exigem uma especial atenção: as famílias incompletas, isto é, separados, os pais e mães solteiros, as famílias que vivem em situação de miséria numa comunidade ou, ainda, aquelas famílias nas quais o pai se ausenta por um longo tempo do lar, as famílias de migrantes, as uniões livres, os casais “juntados”, que podem regularizar as situação, ao que são casados apenas no civil e também podem regularizar sua situação diante de Deus e da Igreja, as pessoas casadas que se separaram e não contraíram novas núpcias, etc.  E, ainda, aqueles casos ou situações irregulares, tais como os divorciados, os separados e os que estão em segunda união (que se separam e constróem uma nova união), ou seja, todos aqueles que estão impossibilitados de receber o Sacramento do Matrimônio.
   
“Que cada família seja uma comunidade de oração, de transmissão da fé e lugar de formação do espírito.”
(Papa Bento XVI – V Encontro Mundial das Famílias)

 

 
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo!
Comente, opine, se expresse! Este espaço é seu.

❧ Espero que tenha gostado do blog e que volte sempre!